Para cada pessoa, a balança tem símbolos diferentes, como amor, ódio e dependência. No entanto, há algumas pessoas que veem a balança como um símbolo de controle. Esse é o caso da estudante Rocio Gonzalez, ela verifica seu peso sempre que pode. “Estou sempre reparando meu peso. Depois que fui para o internato engordei bastante, então, agora, eu tento me controlar”, confessa.
Não é preciso se pesar constantemente para saber se emagreceu. (Foto: Léo Neves) |
A estudante Ariane Rodrigues, por exemplo, cuidava muito do próprio corpo, fazia academia frequentemente, cuidava da alimentação e se pesava de dois em dois dias. “Eu tinha um limite de peso. Pesava-me de dois em dois dias porque se eu ultrapassasse esse limite era mais fácil de perder o que eu tinha ganhado”, explica.
Mas a psicóloga Daniela Antória diz que não é preciso se pesar com frequência para tentar emagrecer. “A reeducação alimentar não se garante via verificação, mas sim pela escolha apropriada dos recursos e pela conscientização da pessoa”, acrescenta. Ela afirma que a atenção deve estar dirigida aos hábitos do dia a dia. “O ‘controle’ como condição para não comer, pode não contribuir para mudança de hábito, que é fundamental para organização e revitalização da rotina da pessoa.”
A nutricionista Michelle ainda enfatiza que é importante a pessoa não pensar em calorias o tempo todo, afinal, a comida é saborosa e causa prazer. A partir do momento em que a pessoa se prende, a alimentação passa a ser um fardo ao invés de prazer. Isso pode fazer com que a pessoa deixe de ingerir algumas proteínas que são necessárias. Ela ainda enfatiza para cuidar com a autopunição. “Não é porque a pessoa comeu muito no fim de semana que precisa se punir durante toda a semana não comendo direito. A pessoa deve cuidar da alimentação, caprichar na salada, mas não ficar sem comer”, aconselha.
A psicóloga Daniela reforça a ideia: “Existe liberdade onde há responsabilidade pela escolha.” Subir sempre na balança não é o ideal. “A verificação do peso deve ser acompanhada a partir de critérios como condição orgânica e emocional, o acompanhamento médico e psicológico podem auxiliar nessa decisão, pois cada pessoa apresenta um recurso na busca por seu próprio bem estar”, completa a psicóloga.
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