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Estudantes devem ser livres na manifestação de ideias religiosas |
Segundo especialistas na área, o educador tem que ser capaz de abordar aspectos de todas as religiões sem privilegiar nenhuma delas. “O professor deve ser democrático em compreender as diversidades religiosas presentes em sala de aula, respeitando as crenças e princípios de cada um”, afirma Sérgio Klein, teólogo que já lecionou Educação Religiosa para o ensino básico e superior.
No ano de 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) definiu que as unidades federativas são as responsáveis por organizar a demanda de professores para ministrar aulas de religião, sempre observando o respeito à diversidade religiosa e sem favorecer qualquer doutrina.
“Não há problemas que o professor tenha sua fé, mas deve haver uma neutralidade onde o essencial é passar os conceitos morais e éticos”, ressalta Klein. “Além do professor, o estudante também tem que cumprir o seu dever em respeitar as outras crenças presentes na sala de aula. O aluno tem o direito de se posicionar na sua religião, mas não impor seus conceitos” conclui.
Mesmo com a obrigatoriedade da disciplina, não há uma matriz curricular nacional com o conteúdo a ser ensinado, garantindo, com isso, uma abordagem plural e sem caráter doutrinário. Desde a Constituição Federal de 1890 o Brasil é instituído como um país laico, ou seja, as pessoas são livres para ter diferentes credos ou crenças.
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