Queimadas na região prejudicam qualidade do ar

Por: Peter Erick Goldschmidt

As queimadas ilegais aumentaram no período de seca na região dos bairros Cidade Universitária e Lagoa Bonita. A fumaça da queima de pastos e plantações prejudicou a qualidade do ar e a limpeza nas ruas e casas dos moradores. Postes e torres de energia também sofreram danos. A expectativa é de que com as recentes chuvas a situação normalize.

Postes de madeira ficam comprometidos com fogo
 e alguns caem. Foto: Peter Erick Goldschmidt.  
Os pastos e plantações se tornaram alvos fáceis de queimadas durante o clima seco. Alguns foram acidentais, como o flagrante que a equipe do ABJ Notícias fez no dia 16 de maio deste ano. No terreno que
pertence a Petrobras, ao lado do residencial Lagoa 3 e do Cevisa, um pequeno incêndio que começou por volta do meio-dia se espalhou por todo o local.

Durante a tarde, o fogo já havia atingido o pasto e comprometido as bases dos postes de madeira que caíram bloqueando parte da rua que liga a Estrada Municipal Pastor Walter Boger com as entradas do residencial Sparta, Estância Lagoa Bonita e outras fazendas particulares. Três postes já tinham caído quando um funcionário de uma das fazendas chegou ao local.

João Silva, funcionário de uma das fazendas, se viu em situação complicada quando chegou ao local. “Não sei quem colocou fogo aqui. Com essa seca, qualquer coisa pode ter sido a causa”, comenta Silva. “Este terreno aqui é da Petrobras. Vim aqui porque os postes que levam telefone à fazenda estão queimando.”

Até maio de 2013, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou mais de 408 queimadas no estado de São Paulo, sendo 112 apenas neste mês. A maioria das queimadas acontece no interior paulista, onde fazendeiros colocam fogo propositalmente em suas plantações antes de começarem a produzir uma nova safra.

Jiboia encontrada após queimada da quinta-feira, 9 de maio,
 foi apedrejada por moradores. Foto: Isadora Stentzler.
Quando ocorrem as queimadas, há um grande risco de animais peçonhentos, como cobras, escorpiões e aranhas saírem de seus habitats e procurarem abrigo nas áreas residenciais. Exatamente o que aconteceu na Cidade Universitária, quando uma Jiboia, que estava ferida com queimaduras, assustou os moradores da rua próxima à queimada irregular.

Segundo o enfermeiro Rafael Dias, o clima seco e às queimadas fazem com que a qualidade do ar caia, provocando inúmeras doenças. “O ser humano fica com a saúde debilitada, principalmente na área respiratória. Asma, bronquite e pneumonia são algumas das doenças que as pessoas ficam mais vulneráveis”, explica.

Uma dica do enfermeiro para melhorar a qualidade do ar em casa é simples: espalhar panos molhados pelos cômodos. “A umidade do ar melhora, e mesmo que o tempo esteja seco fora da casa, os riscos de ter uma doneça respiratória diminuem bastante”, recomenda Dias.
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Sobre a ABJ

A ABJ é a agência júnior de jornalismo do curso de Comunicação Social do Unasp - Centro Universitário Adventista de São Paulo.

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