Morte de Bin Laden traz ceticismo e críticas

 Nesta semana um assunto provocou discussões em todo o mundo. No Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho, não foi diferente. A morte de Osama Bin Laden, considerado o terrorista mais procurado do mundo, causou polêmica quanto à veracidade dos fatos e ao aumento da violência no mundo.

Para Kelly Mendes, 22, secretária da enfermaria do campus e que cursa o 3º ano de Administração, o mundo não será afetado por esse acontecimento. “Pode ser que na região onde ele foi morto haja alguma reação, mas nada de muita importância ou relevância”, diz. Josué Bonfim, 20, aluno do 1º ano de Teologia também tem o mesmo pensamento que Kelly. “Osama Bin Laden já era uma figura esquecida pela sociedade. Para mim ele não tinha mais influência na política mundial”, assegura.
Estudante Josué Bonfim
 Na opinião de Camila Turba, 22, também aluna do 1º ano de Teologia, a violência não afetará o mundo pois os EUA não terão mais desculpas para invadir os países árabes. “Antes, a desculpa era que o Bin Laden precisava ser capturado. Mas todos sabem que o que os EUA querem mesmo é o petróleo deles”, afirma. Já a professora Viviane Kelly, duvida da veracidade das informações sobre a morte. “Não acredito que a notícia seja verdadeira”, enfatiza.

De acordo com o professor Elder Hosokawa, coordenador do curso de História do Unasp, pouca coisa vai se alterar no cenário mundial. “Mas tenho a impressão de que o mundo vai estar mais alerta a lideranças terroristas”, aponta. Hosokawa, assim como Josué, acredita que Bin Laden já não tinha tanta importância no mundo. Além disso, houve uma supervalorização da imagem dele sendo influenciada pelos americanos.

Estudante Camila Turba
Outro aspecto também discutido é a atuação da mídia nesse assunto. Para Kelly a mídia está agindo de forma sensacionalista e transmitindo insegurança. “Não tenho certeza de que as informações vêm de fontes seguras. Não sinto confiança e credibilidade por parte da mídia”, declara. Ela também vê sensacionalismo na maneira como a mídia tratou do assunto. “Nesta manhã eu abri o G1 e lá estava a notícia mostrando fotos da cama que supostamente Bin Laden dormiu. Sim, o que isso tem a ver? Qual é a importância dessa cama? Para mim, a mídia está apenas fazendo “barulho” para chamar a atenção do telespectador”, ressalta.

Professora Viviane Kelly
Na opinião de Hosokawa é notória a influência da cobertura norte-americana no Brasil o que acaba transmitindo os interesses deles. Ele acredita que depois desse acontecimento a novela midiática se completou. Após o casamento real cheio de romance e magia, tem-se uma pouco de religiosidade e violência, o que aproxima os telespectadores da realidade. “Isso é uma guerra de audiência. A mídia aproveitou o momento e agora vai precisar de mais um espetáculo”, finaliza.



Por Deborah Calixto e Douglas Pessoa
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Sobre a ABJ

A ABJ é a agência júnior de jornalismo do curso de Comunicação Social do Unasp - Centro Universitário Adventista de São Paulo.

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