Por
Gabriela Vizine
As motos para a prática do esporte são do estilo off-road |
Saltos,
piruetas e acrobacias no ar fazem parte do espetáculo oferecido pelo Motocross,
esporte do qual consiste em corrida de motos em circuito fechado com obstáculos,
como curvas e costelas (sequência de lombadas e pequenos morros). Apesar dos desafios e riscos que as quedas
ocasionam, grande parte dos pilotos profissionais não teme os perigos que
envolvem o esporte.
Back-flip, looping e whoops são alguns termos usados para
nomear as manobras que fazem parte do esporte. A competição normalmente é
divida em baterias, que incidem desde motos de 50 a 250 cilindradas. A lama
combinada com a chuva não são empecilhos para que o público se ausente ao
evento. “O tempo não importa, pois é muito emocionante ver o show em que os
pilotos executam as manobras,” comenta o empresário Israel Santos, admirador do
esporte.
As
motos são de estilo off-road, possuem
geometria e suspensões diferenciadas das motocicletas comuns por absorver o
impacto sem atingir o guia. As dificuldades existentes são o chão molhado e o
vento em forte intensidade.
Jorge
Negretti, piloto profissional de Motocross e um dos nomes renomados no esporte
brasileiro, conta que sua paixão por MX (sigla utilizada para citar Motocross) surgiu
desde os seis anos de idade quando andava de moto na garagem do pai. Contendo
10 títulos brasileiros, é campeão sul-americano e latino americano. “Participar
desse esporte é uma emoção inestimável. São poucas pessoas que têm este
privilégio”, declara. Com 30 anos experiência, desenvolve o esporte desde 1982.
Do
mesmo modo que Negretti, o estivador Carlos Eugênio aguçou seu desejo por motos
durante a infância, apreciando esportes que exercem força e velocidade, como o
Motocross. Piloto amador, já coleciona 80 prêmios. “O esporte é muito
importante na minha vida, e sempre levo minha família como torcida”, relata
Eugênio.
Botas,
meias especiais, joelheira, roupa própria, colete, protetor cervical, luvas,
cotoveleira, capacete e óculos são equipamentos de segurança usados durante a competição
. “Nem sempre eles são baratos, mas todos são importantes”, salienta Negretti.
As
consequências das quedas são diversas. Fraturas em costelas, quebra de membros
inferiores e demais atrocidades acontecem nas apresentações. “Eu não coloco
minha vida em risco, se eu ver que irei me machucar, mesmo perdendo o pódio eu
prefiro diminuir a velocidade, ” revela Eugênio.
Em
contrapartida, Negretti acredita que o esporte não engloba tantos perigos. “Eu
não acho que eu estou colocando minha vida em risco, porque se não seria uma
tortura, não um prazer”, expõe Eugênio. “O esporte não é uma loucura, mas
técnica pura. O motocross é a minha vida e vou praticá-lo até quando puder”, declara
o piloto.
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