Anfetamina poderá ser banida do mercado |
No caso da prescrição do remédio, pacientes e médicos terão de assinar um termo de responsabilidade. Além disso, os usuários terão de ser submetidos a avaliações mensais e, caso apresentem algum efeito colateral, o médico deverá informar às autoridades de saúde.
Em contrapartida, a classe médica tem criticado a atitude da Anvisa dizendo que, em lugar de proibir a comercialização dessas substâncias, as medidas de controle de suas vendas deveriam ser fortalecidas.
Um exemplo de utilização de maneira adequada é o da estudante Vanessa Bezerra, 20, que faz uso da medicação desde maio de 2011. A estudante explicou que tomará o remédio durante um ano por motivos específicos. “Passei a usar porque meu peso estava afetando minha voz”, explica. Mesmo assim, Vanessa diz que frequenta a academia e tem acompanhamento nutricional.
A favor da proposta da Anvisa está a nutricionista Gilsa Vianna da Costa, do Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus Engenheiro Coelho. Ela argumenta que as medicações não devem ser utilizadas de forma alguma, já que não foram criadas com esta função. “As medicações só deveriam ser utilizadas em casos extremos como a necessidade de perda de peso para um procedimento cirúrgico”, destaca. Gilsa ainda ressalta que uma mudança nos hábitos alimentares e no estilo de vida são o suficiente para alcançar uma saúde equilibrada e o peso ideal, sem afetar o organismo de forma negativa.
A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia preparam um abaixo assinado contra o banimento de tais substâncias. Para as organizações, os medicamentos, quando usados de maneira correta, contribuem para a perda de peso.
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