O ano letivo pode aumentar em 20 dias |
O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, no dia 12 deste mês, na abertura de um congresso internacional promovido pelo movimento Todos Pela Educação, em Brasília. A medida visa proporcionar um maior período de exposição do conhecimento ao aluno, aumentando assim, o aprendizado. Outros países já utilizam essa medida.
A coordenadora pedagógica do Colégio Unasp, campus Engenheiro Coelho, Maria Fernanda Moraes, diz que o aumento no número de aulas é muito importante. “Quanto mais tempo o aluno passa na escola, mais produtivo se torna esse período”, revela. “A mudança proporcionará mais tempo para o aperfeiçoamento do trabalho dos professores, resultando num melhor conteúdo apresentado”, afirma a coordenadora.
Segundo a declaração do ministro Haddad em meados de setembro, há 15 mil escolas no programa com carga de 7 horas por dia. A meta para 2014 é alcançar 32 mil, objetivo que pode ser antecipado para 2013 pela presidente Dilma Rousseff.
No entanto, a estudante do 2º ano do E.M, Jéssica Fonseca de Andrade, de 16 anos, diz que a mudança é desnecessária. “Quem realmente quer estudar pode fazê-lo no tempo que tem. Já quem não quer, não vai estudar”, opina Jéssica.
Uma das possibilidades consideradas com essa nova medida na educação é a antecipação das metas do Programa Mais Educação, do governo federal, que prioriza a educação integral. “A escola pode proporcionar aos alunos o cuidado e a segurança que alguns deles não têm no período extraclasse, devido a ausência dos pais, por causa do trabalho”, conclui Maria Fernanda.
Contudo, a nova medida deve pesar na condição financeira dos pais. “Aumentando o tempo do aluno na escola, mais cara será a mensalidade nas escolas particulares”, admite a coordenadora.
A proposta ainda é estudada com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Conselho Nacional de Secretários de Educação e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, mas algumas escolas já iniciaram um novo planejamento.
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