Condição de estrada prejudica motoristas e pedestres da região

por Cley Medeiros e Mayra Silva

Diariamente milhares de pessoas
circulam pela rodovia municipal
Foto: Léo Neves
A Semana Nacional de Trânsito, que este ano teve início no dia 18 e termino dia 25 de setembro, discutiu o tema “A Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito – Juntos podemos salvar milhões de vidas”. A meta é reduzir, nos próximos dez anos, em  até 50% o número de acidentes e mortes no trânsito.


O Brasil ocupa o quinto lugar entre os recordistas em mortes no trânsito. Segundo o Informe Mundial sobre a segurança no trânsito, publicado em 2009, por ano cerca de 1,3 milhões de pessoas morrem vítimas de acidentes automobilísticos e 50 milhões sobrevive com ferimentos.


Para o especialista em transportes Carlos Guimarães a imprudência dos condutores contribui para o aumento no índice de acidentes. “Não respeitar a sinalização, as regras de circulação, e a deficiência na formação dos condutores é uma causa fundamental para o aumento do número de acidentes”, afirma.


Segundo dados da Secretária de Segurança do Estado, na região de Campinas o número de acidentes no primeiro semestre de 2011 foi grande se comparado ao mesmo período do ano passado. Engenheiro Coelho lidera o ranking da região em casos de violência no trânsito. Somente entre janeiro e junho deste ano três mortes foram confirmadas como consequência de excessos ao volante. O município possui cerca de 14 mil moradores e os índices indicam 2,10 mortes para cada 10 mil habitantes. A Prefeitura informou que as três mortes ocorreram em estradas fora do perímetro urbano do município.


A imprudência de condutores na região de Engenheiro Coelho continua apresentando perigo aos pedestres que percorrem estradas fora do perímetro urbano. O estudante de pós-graduação, Eder Matter, disse que uma vez quase foi atropelado. Ele responsabiliza as motoristas imprudentes e a falta de sinalização adequada da rodovia municipal Pr. Walter Boger, trecho que percorre diariamente. “Um dia eu estava voltando do bairro Cidade Universitária e o motorista de um carro não me viu. Por pouco ele não me atropelou. Se a atenção dele fosse total e houvesse uma iluminação ou um acostamento adequado na estrada, isso não teria acontecido”, enfatiza.


A vicinal liga a rodovia SP 332 a SP 147 e comporta condomínios, alguns bairros e ainda um centro universitário. Cerca de 3.000 pessoas circulam por dia na estrada, e a falta de sinalização não tem preocupado somente os pedestres. Um crescente número de motoristas está insatisfeito com a falta de estrutura da estrada. Donizeti Pereira do Prado, assistente administrativo e motorista do Unasp, percorre essa Estrada diariamente. Para ele, a falta de acostamento é um dos fatores determinantes para acarretar acidentes envolvendo pedestres. “Conheço pessoas que quase foram atropeladas nessa estrada. Parece que ao construírem esse percurso, pensaram apenas nos carros e esqueceram-se dos pedestres. Isso está contribuindo para o aumento de acidentes”, critica.

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Sobre a ABJ

A ABJ é a agência júnior de jornalismo do curso de Comunicação Social do Unasp - Centro Universitário Adventista de São Paulo.

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