Jackson se dedica ao skate há 22 anos |
Mesmo assim, ainda há poucos que consideram os skatistas como sendo “maloqueiros” ou pessoas sem grau de instrução. A pesquisa no entanto, mostra que 39% dos skatistas concluíram o ensino médio; 11% tem um curso superior e 49% concluiu o ensino fundamental. Esses dados fazem a diferença em campeonatos. Jackson já participou de muitos, mas teve um que marcou a sua vida. “Para mim, o mais importante foi em 2009. Fui o campeão do 1ª Circuito Universitário de Skate, onde somente skatistas com diploma ou cursando faculdade poderiam participar”, explica.
Mas isso não impede que o esporte cresça e que, cada vez mais, atraia novos atletas ou aperfeiçoe os que já estão no ramo há mais tempo. É o caso de Glaucio Leite, skatista amador da modalidade street há 10 anos, mas que não pretende se profissionalizar. Seu treinamento que dura aproximadamente 5 horas diárias trouxe resultados nos campeonatos, entre eles "Inc3 Sobrevivente das Ruas" considerado um dos melhores pelo skatista.
O tio de Glaucio o motivou a praticar o esporte, ao lhe dar um skate de aniversário |
Para realizar manobras com perfeição e não fazer feio no dia do evento, os skatistas têm motivação e inspiração em pessoas que de alguma forma fizeram diferença em suas vidas nessa jornada. Deivid Rafael, Jackson Marques, David Dedê, Daniel Chocolate são parceiros de skate de Glaucio em quem ele se inspira. Jackson encontra o diferencial no americano Eric Koston, o qual sempre admirou desde o início da sua carreira. “Porém, nos dias de hoje, existem vários moleques andando muito. Tem o Luan de Oliveira que é o futuro, ele é de Porto Alegre e está se destacando internacionalmente”, comenta.
Apesar disso, todo cuidado é pouco. Imprevistos podem surgir como em todo esporte. Lesões, machucados e arranhões estão presentes na vida dos atletas. Leite já sofreu muitos ferimentos, um deles lhe resultou em 6 meses de recuperação por conseguir uma contusão no tornozelo direito. Às vezes isso é inevitável, ainda mais em um esporte radical. Jackson revela que antes era relaxado e não tinha muitos cuidados, mas agora procura se alongar antes e depois do esporte para não sofrer lesões.
Tanto Glaucio como Jackson tiveram o primeiro contato com o skate através de outras pessoas que ajudaram a descobrir a paixão pelo esporte. “Fui motivado pelo meu tio, quando resolveu me presentear com um skate de aniversário”, conta Glaucio.
Como em qualquer esporte, se houver dedicação e muita vontade pode-se chegar muito longe. Depende também de seu objetivo ao praticá-lo. No caso de Leite, não há um objetivo ao certo sobre seu futuro no skate, como ele mesmo disse: “ Só o tempo dirá (risos)”. Apesar de participar de campeonatos como candidato, Kleber já está ocupando, aos poucos, outros espaços na modalidade. Ele está migrando para a área técnica, como juiz em eventos amadores.
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