No Pan-Americano desafio de atletas estava em obter equilíbrio emocional


À direita: Lara Teixeira 
Foto tirada de seu facebook
Aconteceu no último dia 30, a Cerimônia de Encerramento do 16º Jogos Pan-americanos, em Guadalajara, no México. O Brasil ficou entre os três países com maior número de medalhas. Ficando atrás apenas de Estados Unidos, que alcançou primeira colocação, e Cuba que ficou em segundo.
Os Estados Unidos conquistou 236 medalhas, 92 de ouro, 79 de prata e 65 de bronze. Já o Brasil alcançou 141. Foram 48 medalhas de ouro, 35 de prata e 58 de bronze.

O Pan 2011 trouxe novidades como o rugby, raquetebol, pelota basca, beisebol, boliche, esqui aquático, karatê, além da patinação, do softbol e squash. Modalidades que foram incluídas nessa edição do torneio. Portanto agora, ao todo, somam  36 modalidades. As competições aconteceram entre 14 e 30 de outubro. Mais de seis mil atletas  representaram 41 países.

Os 15 dias de competição resultaram em quedas, dificuldades e fraturas, além das vitórias, conquistas e do prestígio. Para os atletas representa uma mistura de sentimentos e lutas. Muitos treinaram e se prepararam bastante para esses dias. Alguns tiveram fraturas graves como a jogadora da seleção brasileira feminina de vôlei, Jaqueline Carvalho, que  sofreu um golpe na região cerebral e teve uma fratura na cervical.  A jogadora precisou encerrar sua participação no Pan.

Com o desafio de alcançar resultados, a responsabilidade de representar o país e a pressão proveniente das cobranças deixa muitos atletas vulneráveis do ponto de vista pisicológico. A representante do Brasil, Lara Teixeira, recebeu medalha de bronze no dueto de nado sincronizado nos jogos do Pan-americanos deste ano. Ela conta que sente uma pressão psicológica, principalmente, porque são exigentes consigo mesmas, mas quando a cobrança vem de fora consegue se sair melhor. “Nos acostumamos com a pressão. E quando temos que aguentar uma pressão externa, conseguimos filtrar e nos desafiar”, diz Lara Teixeira.

A psicóloga Daniela Antória acredita que a pressão psicológica pode atrapalhar na hora da competição e até provocar mal estar nos atletas. Pois, segundo ela, prejudica também o desempenho físico.  “Comprende-se a somatização de desejos e expectativas potencializados no corpo fazendo com que o mal estar aconteça, influenciando nossos órgãos e sentidos”, explica.


Além de uma mente equilibrada, ter boa alimentação é outro aspecto que contribui para o bom desenvolvimento do atleta durante a competição. Segundo a nutricionista, Gilza Vianna, saber o que comer antes e depois dos exercícios é essencial para dar energia nos dois momentos. Explica que a alimentação mantém e dá equilíbrio ao corpo.“Uma boa alimentação é vital para a manutenção da saúde física do atleta, porque os jogos exigem muita força física e dependendo do esporte, se a alimentação não for adequada, o atleta perde força”, orienta.

Em relação à alimentação, a parte física não é o maior problema. Para a atleta a luta maior esta em lidar com o psicológico. “Sempre preferi treinar ao invés de competir, e isso é um pouco a falta de equilíbrio emocional”, confessa Lara.

Daniela defende que o reconhecimento da relação treinador e atleta é um dos primeiros esclarecimentos que pode contribuir para uma melhor condição emocional. Além desse fator, compreeender nossas dificuldades ou limitações, e manter o foco no presente ajudam a controlar o stress no momento da competição. “O equilíbrio pode se restabelecer com o reconhecimento dessas necessidades”, descreve a psicóloga.

Hoje, com ajuda de um profissional, Lara trabalha com o equilíbrio emocional e sabe lidar com pressão das competições. “Temos um acompanhamento semanal e esse já não é mais um problema para mim”, comemora a atleta.
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Sobre a ABJ

A ABJ é a agência júnior de jornalismo do curso de Comunicação Social do Unasp - Centro Universitário Adventista de São Paulo.

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