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Animais de estimação, como gatos, podem causar riscos à saúde de crianças |
A cada ano nascem aproximadamente 1.600 bebês no mundo. Com isso, muitos pais preferem criar animais de estimação para entreter os filhos e por isso o número de pets também aumenta. Atualmente nos Estados Unidos 62% das famílias possuem pelo menos um animal em casa. O problema é que o sistema imunológico dos bebês ainda é muito fraco, e seu corpo não está preparado para enfrentar doenças.
A médica Monica Alvarado, do Hospital Enrique Sotomayor, de Guayaquil (Equador), explica que os animais de estimação podem ser portadores de alergias, dermatites e parasitas. Mas o problema maior não são os animais, e sim o cuidado que se deve ter com a higiene deles. Ela alerta as famílias a ter cuidado com as fezes do gato, que podem ter toxoplasmose. ”É importante o cuidado que os pais dão às crianças para prevenir qualquer doença”, acrescenta Monica.
A toxoplasmose é um parasita que se hospeda no gato e pode ser transmitido pelas fezes. O gato pode receber esse hospedeiro pela ingestão de animais como ratos e pássaros, que contém o parasita. No ser humano, a doença pode causar aborto, má formação do feto e infertilidade.
O estudante David Polo, de 22 anos, mora com seus pais. A família sempre criou cachorros, mas buscou muito conhecimento para o melhor cuidado. Atualmente a família tem três cães, e Polo comenta que nunca teve nenhuma doença transmitida por eles. Apesar disso, ele está consciente dos riscos que corre, e por isso cuida da higiene dos animais. “O cachorro deve sempre estar em boa higiene e com todas as vacinas necessárias”, lembra. Além dos cuidados, o estudante diz que não é aconselhável ter animais em casa quando há presença de crianças antes dos dois anos de idade. “O contato pode originar uma alergia, especialmente durante os primeiros dois ou três anos de vida. Após esse período, ter animais de estimação é até recomendável.”
Vale ressaltar que alergias são um grave problema na atualidade. O Estudo Internacional de Asma e Alergia na Infância (Isaac, na sigla em inglês) pesquisou cerca de meio milhão de crianças e adolescentes de 56 países e descobriu que 19% delas apresentavam alguma doença alérgica. Na América do Sul, o índice pode inclusive chegar a 26% em alguns países.
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