MEC quer mais integração de disciplinas no Ensino Médio



A implantação do novo currículo do Ensino Médio
é discussão entre MEC e as escolas
Atividades que integrem conteúdos e é uma das vantagens da proposta do Ministério da Educação (MEC) para o novo currículo do Ensino Médio. A proposta não é diminuir a grade, mas articular as matérias. Não serão mais 13 disciplinas fragmentadas, e sim as quatro áreas do conhecimento:  linguagens e códigos, ciências exatas, ciências humanas e ciências biológicas. “Queremos acelerar processos relacionados à modernização curricular”, declara Antônio Cesar Callegari, secretário de educação básica do MEC.

Para o secretário Callegari a questão curricular não é a única a ser discutida. “Existem questões como formação de professores, incentivos para inovações organizacionais, aperfeiçoamento dos materiais didáticos”, explica.

“A ideia é viável, mas o problema é como colocar essa proposta em prática”, comenta Maria Fernanda Moraes, coordenadora pedagógica do Ensino Médio do Colégio Unasp de Engenheiro Coelho (SP). “O grande desafio será a preparação dos professores. Deverá haver uma troca de vivência e de conhecimentos”, propõe Maria Carolina Pereira, coordenadora pedagógica do Ensino Médio do colégio Candelária, de Indaiatuba (SP). “Ou o professor será polivalente dando todas as disciplinas que a matéria envolva”, completa Maria Fernanda.

“Na implantação, o MEC tem papel importante junto ao Estado. O Ministério da Educação pode melhorar o apoio e induzir a implantação”, afirma Callegari. As propostas para a implantação do novo currículo do Ensino Médio são várias e questionáveis. As aulas deverão ser planejadas em conjuntos com os professores e esses não poderão ganhar apenas pelo período de aula. “Se tivéssemos salas ambientes, seria mais fácil a implantação”, conta a coordenadora pedagógica do Unasp.  “Teríamos que preparar a aula com vários pontos e visões”, expõe Eliana Regina Gava, professora de Biologia.

Existem vantagens na proposta do novo currículo. Os alunos que  tiverem aulas com matérias interdisciplinares terão uma visão mais ampla ao realizar a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), já que a proposta é baseada no formato da prova nacional. “Os alunos que só estão interessados em nota criariam um interesse especial com a área que deseja exercer no futuro, fazendo com que eles entendam e aprendam, e não apenas decorem para a prova”, aponta a professora Eliana.

O novo currículo já vem com um histórico de discussões. Em 2009, ocorreram oficinas em escolas nos estados para discutir a viabilidade do novo currículo. Para 2012, começaram as discussões sobre implantação da proposta. No final desse ano, o Ministério da Educação pretende fazer pedidos para integrar os conteúdos educacionais num mesmo material didático.

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Sobre a ABJ

A ABJ é a agência júnior de jornalismo do curso de Comunicação Social do Unasp - Centro Universitário Adventista de São Paulo.

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