Dieta de muitos brasileiros é composta por grande quantidade de açucar e sal Foto: Leo Neves |
“Diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer são considerados doenças crônicas não transmissíveis que causam 63% das mortes no geral, decorrentes da má alimentação e vida sedentária”, explica a nutricionista Gilza da Costa. Preocupada com esses agravantes a estudante de Biomedicina, Kellen Zamboim, procura fazer o possível para manter uma vida saudável. Através de atitudes como, ingerir a quantidade ideal de comida nas horas certas, fazer atividade física diariamente, entre uma hora e meia a duas horas, Kellen busca manter a saúde.
Nos dias atuais rotinas estressantes e muitas ocupações fazem com que a maioria das pessoas reduza o tempo dedicado a alimentação correta. O ideal seria preparar a comida com pouco sal em casa, e levá-la ao trabalho se for necessário. Devido a praticidade a tendência natural é optar por salgadinhos, pizzas, refrigerantes e doces. Kellen conta que todas as suas refeições são feitas em casa e sempre no mesmo horário. Porque trabalha por conta própria ela não precisa comer apressadamente todos os dias.
Mesmo aqueles que se alimentam bem precisam tomar cuidado na hora de preparar os alimentos. Produtos industrializados, utilizados para realçar o sabor dos alimentos, contêm glutamato monossódico, e por ser rico em sódio faz mal à saúde. “Todo alimento industrializado, até um biscoito doce, leva sódio para poder conservar”, revela a nutricionista.
Gilza alerta que desde o nascimento os pais devem ensinar a criança a se alimentar com pouco sal, pois quando houver situações em que ocorra excesso desse tempero ela poderá rejeitá-lo. Criar esse tipo de paladar na criança lhe trará benefícios no futuro. Além de ter cuidado com a ingestão de sal e açúcar, também é necessário ter o hábito de comer verduras, legumes e frutas. Atualmente doenças antigas, antes comuns aos adultos, aprecem em crianças como, por exemplo, a hipertensão.
Grande parte dos adolescentes, entre 14 e 18 anos, não se alimenta de forma correta. Em muitas situações os pais não conseguem ter tempo suficiente para prepararem a alimentação adequada. Inclusive, o padrão alimentar desses adolescentes está sendo considerado como situação grave de saúde pública. “O ideal seria se as pessoas que estão sobrecarregadas com o seu tempo no trabalho e não podem cuidar da casa, revissem os conceitos. Pois a partir do momento em que resolveram ter filhos, devem colocá-los em seu planejamento, nem que seja por um período de tempo”, defende a nutricionista.
Desde pequena Kellen está acostumada a comer frutas e legumes. “Sempre tivemos o hábito de preparar a comida em casa, são raras as exceções para lanches, batata frita ou fast-food”, declara. Gilza conta que no seu trabalho orienta para que a equipe tome cuidado com a quantidade de sal, açúcar e gordura que são colocados nos alimentos. “Tento mostrar que seremos nós que faremos a diferença na vida dessas pessoas”, justifica.
Não é preciso acabar com esses elementos, mas sim, diminuí-los buscando uma alimentação equilibrada. Na medida em que iniciativas assim forem tomadas os resultados serão nítidos. Assim como Kellen é possível desenvolver qualidade de vida através do comportamento correto na hora de comer e se exercitar. “Percebo que o funcionamento do corpo é correto, raramente fico doente. Terei menos problemas e mais benefícios evitando uma série de doenças, mesmo as que tenho tendência, devido à genética”, reconhece.
0 comentários