Diversas regiões do país permanecem com atraso de correspondências |
A greve atrasou milhões de correspondências na maioria dos estados brasileiros. Apenas na grande São Paulo o atraso já representa mais de 15 milhões de cartas e encomendas paradas.
Os funcionários pedem um aumento salarial no valor de R$400, elevando o piso da categoria para R$ 1.635, além de reajuste do vale-refeição, vale-alimentação e restituição da inflação de 7,16%.
Na região metropolitana de Campinas algumas cidades, como Engenheiro Coelho, não estão em greve. No entanto, em municípios como Artur Nogueira e Cosmópolis os trabalhadores dos Correios aderiram a paralisação.
De acordo com Luiz Roberto Cardoso, gerente da agência dos Correios em Engenheiro Coelho, os funcionários estão trabalhando normalmente. Porém, a quantidade de cartas diminuiu. “A média recebida em dias normais é de 1.500 a 2.000 correspondências. Em greve, recebemos em média de setecentos a quinhentos”, explica.
A central de correspondência do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho, também sofreu atrasos. Segundo a atendente, Eunice Rodrigues, as pessoas preferem enviar as correspondências por Sedex, PAC ou registrado. “A prioridade dessa greve é Sedex. Tem um pequeno atraso, mas está chegando”, declara.
Alguns alunos do campus foram prejudicados pela greve. O estudante Daniel Moreno efetuou uma compra, através da internet, no dia 20 de setembro, o prazo para entrega estava previsto para o dia 23. Com a greve, ainda não recebeu o produto. “Eu vou todos os dias no correio do colégio para ver se já chegou, mas até agora nada”, conta.
Com o atraso, a procura pela central de correspondência do Unasp diminuiu. No entanto, o fato de cartas simples estarem paralisadas acelerou o processo das registradas. “Como o fluxo tem sido menor, devido à greve, as registradas tem chegado mais rápido”, revela Eunice.
A aluna Isabela Capeti fez uma compra via internet e conseguiu receber antes mesmo da data prevista, beneficiada pelo fato de a encomenda ser registrada. “Comprei um livro que chegou em dois dias. O site informou que chegaria entre nove ou dez dias”, diz.
A greve permanece em vários lugares enquanto ainda não há previsão de negociação entre a Fentec e o governo.
0 comentários