Diminui o índice de nogueirenses inadimplentes


Tatiane Virmes

Neste ano, o número de nogueirenses inadimplentes
diminuiu. Só em abril, a queda foi de 31,57%.
Foto: Thiago Virmes
Quem não gosta de ir ao shopping ou supermercado? Seja para comprar uma peça de roupa, acessórios, perfumes ou até um celular novo. Mas o problema não está em comprar, e sim em gastar o valor que não tem no momento. Para solucionar esse problema, os cartões de créditos e empréstimos bancários aparecem para tapar os buracos das dívidas. No entanto, com os juros, a conta só vai crescendo.

De acordo com os dados divulgados pela empresa privada de consultas de créditos, Serasa, o número de consumidores inadimplentes obteve a maior alta para o mês de abril em 10 anos. O nível de devedores aumentou 23,7% em comparação com o mesmo mês, em 2011.
Entretanto, esse não é o caso do município de Artur Nogueira. A Associação Comercial Empresarial de Artur Nogueira a (Acean) monitora o número de consumidores inadimplentes físicos e jurídicos na cidade, onde possui 400 empresas associadas.
Segundo a Acean, no comparativo dos municípios inadimplentes entre o mês de abril de 2011 e 2012, o índice caiu. A gerente administrativa Maria Elisa de Oliveira afirma que houve uma queda de 31,57%. Para os devedores que desejam regularizar seu crédito, mas não possuem todo o valor para quitar a dívida, a gerente aconselha que eles procurem a empresa credora e tentem negociar, reduzindo os juros. “A melhor política é buscar uma negociação”, alega.
Já o economista Waldir Kiel, explica que o problema sazonal de calendário é um dos fatores contribuintes para o aumento de inadimplentes. “Depois de ter utilizado sua receita extra, 13º salário e gratificações de final de ano, o consumidor tem logo nos meses seguintes IPVA, IPTU, matrículas e materiais escolares. Se o orçamento não for bem feito, as despesas nos meses seguintes acabam sendo maiores que os salários”, esclarece.
Gastar com moderação
Para honrar com o compromisso de pagar as contas, é necessário que o consumidor tenha um orçamento equilibrado e não gaste mais do que recebe. Kiel alega que é imprescindível que se faça um orçamento financeiro mostrando exatamente quais as prioridades nos gastos em relação ao quanto tem de receita. “A partir do estabelecimento de metas, o fator primordial passa a ser a disciplina orçamentária. Com um planejamento cumprido a risca, é possível se livrar de dívidas futuras em cartões de crédito e ou empréstimos bancários”, aconselha. Segundo o economista, procurar uma renegociação da dívida com os credores, com prazos e taxas que possibilitem pagamentos futuros é o melhor caminho para o inadimplente.
Essa foi a saída que a dona de casa Margarida Pires encontrou. Ela estava com uma dívida de aproximadamente R$ 5 mil e conseguiu quitar o débito através de uma negociação com os devedores. “Fiz empréstimos, com a intenção de pagar toda a dívida de uma vez só, mas acabei me afundando ainda mais. A negociação foi a solução”, conta.




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A ABJ é a agência júnior de jornalismo do curso de Comunicação Social do Unasp - Centro Universitário Adventista de São Paulo.

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