Cirurgia bariátrica pelo SUS gera dificuldades e pacientes optam por sistema privado

Por Gabriela Vizine

Dieta da sopa, do tomate, do alho com acerola, entre outras. A lista é longa. Muitas pessoas obesas resolvem realizar uma cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por questões financeiras e hereditárias. Porém, várias implicações envolvem o processo com o SUS, fazendo com que o paciente realize a operação no atendimento privado. 

Alimentos gordurosos são a maior causa de obesidade
O maior motivo por optar pelo particular é a fila de espera de aproximadamente cinco anos. Além disso, o método cirúrgico público é antigo. Como o SUS não cobre medicamentos, taxas de atendimento com um único médico e internação, os obesos preferem parcelar a operação em vários pagamentos. 

“Preferi ser operada por uma clínica particular, onde pesquisei sobre a reputação do médico e obtive segurança por parte dele e do hospital”, relata a jornalista Andrea Moura. Com 62 quilos a menos, Andreia recomenda a cirurgia e comemora o resultado. 
Entretanto, o acompanhamento médico e psicológico, obtidos apenas em sistema particular, é imprescindível para o processo de emagrecimento. O psicólogo Luis Ricardo explica que antes do dia da operação é necessário fazer uma avaliação pré-cirúrgica. “Deve ser realizada para analisar se o paciente está apto a realizar a cirurgia e não ter problemas. Além de acompanhá-lo durante todo o percurso de emagrecimento”, declara o psicólogo Luis Ricardo. 

De acordo com últimos dados do Ministério da Saúde, em 2006 a proporção de pessoas com o IMC sobrepeso cresceu de 42,7% para 48,5%, em 2011. Já a quantidade de obesos subiu de 11,4% para 15,8% da população. 

Alimentação 

Pacientes que não levaram uma vida regrada após a cirurgia, pouco tempo depois, engordaram novamente. Apesar das dificuldades da operação e risco, alguns operados insistem em voltar com os hábitos alimentares anteriores. 

“O grande problema é que determinados pacientes não fazem acompanhamento psicológico e ingerem a quantidade de alimentos com a cabeça do corpo anterior. A pessoa necessita entender a mudança do corpo”, instrui a nutricionista Michelle Barbosa. 

Para a nutricionista, um dos fatores que poderiam analisar a solução seria a reeducação alimentar. “A reeducação visa à mudança no hábito alimentar, orienta a pessoa a fazer boas escolhas e direciona a pessoa em relação aos benefícios de uma alimentação saudável”, descreve.
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Sobre a ABJ

A ABJ é a agência júnior de jornalismo do curso de Comunicação Social do Unasp - Centro Universitário Adventista de São Paulo.

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