Má infraestrutura de escolas públicas e privadas é problema regional

Há muito tempo é nítido o problema vivido no Brasil da falta de verbas para reformas, manutenção e estrutura de escolas governamentais. Enquanto isso, colégios privados têm investidores e funcionam como um comércio.

De acordo com o Censo Escolar, divulgado pelo MEC em 2013, o país tem 40,3 milhões de estudantes na rede pública, porém os órgãos competentes não conseguem suprir a maioria de suas escolas nem mesmo nas necessidades básicas. 

Infraestrutura é a principal diferença entre escolas públicas
e privadas. Foto: Creative Commons.

Algo que afeta todos os setores da educação. Além disso, na região de Campinas e em todo país, seguidos casos de rebeldia dos alunos envolvendo armas, drogas e brigas dentro das escolas públicas são registrados.
Foram analisadas pelo Censo Escolar 194.932 mil escolas, número que representa o total de unidades que estavam em funcionamento em 2011. Dessas, cerca de 44% das escolas públicas contam apenas com água encanada, sanitário, energia elétrica, esgoto e cozinha na infraestrutura. Nelas não há bibliotecas, quadras e laboratórios, entre outros equipamentos pedagógicos considerados importantes. Na outra ponta, apenas 0,6% das unidades de ensino têm prédios considerados completos, com todos esses aparelhos e também dependências adequadas para alunos com deficiência.
A professora Marilene Maran já viveu as duas experiências e comenta sob a dificuldade em lidar com o psicológico dos alunos de escolas do governo. “A família não é tão presente na vida escolar dos filhos, ocorre desinteresse por parte dos alunos e consequentemente o baixo rendimento escolar”, comenta. 
Segundo a  Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2013, alunos de escolas públicas estão mais expostos à violência do que os de escolas particulares. O documento também mostra que adolescentes da rede pública presenciaram mais brigas com armas e sofreram mais agressões.
As escolas particulares, por sua vez, precisam vender seu produto e vencer a concorrência entre os pais, ao mesmo tempo consumidores. Quanto mais virtudes e infraestrutura, mais procura.
Algumas escolas oferecem recursos excelentes em todas as áreas da educação, um exemplo seria o colégio COC, que apresenta uma sala de três dimensões para os alunos pesquisarem e verem vídeos sobre ciência. Outras escolas são referências na disciplina estudantil - a escola Ângulo oferece cursinho pré-vestibular paralelo ao último ano colegial.
No quesito psicológico da educação, as referências são escolas com ideologias que engrandeçam o aluno. O professor de Física do Colégio Adventista Herman Naum, de Engenheiro Coelho, salientou a diferença de estrutura e mentalidade. “Aqui temos tudo que necessitamos para educar. Tudo muito moderno com lousas digitais, ginásios poliesportivos, piscinas, mas o fundamental é a mentalidade de grupo e amor que oferecemos aos alunos”, expõe.

Por Vinicius Serain

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Sobre a ABJ

A ABJ é a agência júnior de jornalismo do curso de Comunicação Social do Unasp - Centro Universitário Adventista de São Paulo.

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