Jovens levam solidariedade à avenida Paulista

Jovens de Vila Olímpia (SP), na maioria universitários, criaram um projeto que tem intrigado e ajudado muitas pessoas que passam diariamente pela avenida Paulista no centro da cidade. Chamado de "A gente cuida", e com slogan "porque Ele fez a gente cuida", o projeto tem como objetivo “cuidar e amar” as pessoas da capital paulista, mostrando a importância de tratar a todos com carinho.
Jovem na avenida Paulista ergue cartaz convidativo para
 ouvir pessoas. Foto: Arquivo pessoal.
As ações desenvolvidas pelos jovens são várias: ajuda às pessoas necessitadas, distribuição de água na porta de baladas com informativo sobre a importância da mesma e etc. Eles pretendem estender a iniciativa pela América Latina e, em breve, na região de Campinas.
Dentre as atividades, o projeto "Desabafe", especificamente, surgiu no coração de uma das jovens do grupo que tinha o interesse de "experimentar" a ajuda humanitária sem pensar em receber nada em troca. “Foi uma ideia meio maluca a princípio, mas quando fomos colocar na prática vimos que era algo de Deus”, conta a garota que não quis se identificar.
A ideia consiste em se sentar na avenida Paulista e convidar as pessoas, por meio de cartazes, a desabafarem. Durante a conversa, os jovens participantes do projeto querem apenas uma coisa: demonstrar real interesse pela necessidade de quem desabafa.  
Em geral, os participantes já conversaram com casais que estavam em crise, pessoas que se sentiam sozinhas, pessoas que apenas queriam contar uma novidade para alguém e homossexuais que se tornaram amigos do projeto. O grupo já fez três edições e conversaram diretamente com mais de 200 pessoas.
Um dos integrantes que está à frente da iniciativa compara o projeto com uma revolução. “Esse é nosso objetivo, uma revolução de amor em nossa cidade. Porque Deus nos amou, nós amamos os outros, e os outros amarão outros e assim por diante”, explica o estudante Junior Melito.
Algumas pessoas que perambulam pela Paulista, às vezes, não se aproximam por preconceito achando que é algo de caráter religioso, mas os jovens pontuam o contrário. “Com isso fazemos amizade e envolvemos essas pessoas para que elas ajudem os outros também, só divulgamos o exemplo de Cristo, e até ateus viram em nós um Jesus que eles não conheciam”, esclarece o voluntário Victor Bejota.
Por Vinícius Serain
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Sobre a ABJ

A ABJ é a agência júnior de jornalismo do curso de Comunicação Social do Unasp - Centro Universitário Adventista de São Paulo.

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