Crianças e idosos são os que mais sofrem com problemas respiratórios causados pela baixa umidade do ar |
O meteorologista José Felipe Farias, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), explica que a baixa umidade é um fenômeno que ocorre mais ou menos no mesmo período do ano, decorrente do movimento de grandes massas de ar. “É algo persistente. Nós chamamos isso de centros de alta pressão, que fazem com que os níveis de ar se movam em direção ao solo, deixando o ar que desce pela atmosfera mais quente”, explica. Farias também destaca a ausência de nebulosidade como um fator importante na queda da umidade.
Pessoas que sofrem com o fenômeno acabam tendo vários problemas respiratórios. Denis Vieira, pneumologista do Centro de Atendimento Médico (Cam), localizado em Engenheiro Coelho, enfatiza que a baixa umidade pode acarretar as famosas ‘ites’ entre outros problemas. “No geral, ela promove o ressecamento das vias aéreas, possibilitando o surgimento de bactérias, vírus, além de permitir que tenhamos mais facilidade em desenvolver sinusite, renite, pneumonias”, explica.
Os mais afetados pela queda do nível da umidade são crianças e idosos. “Na maioria dos casos, são as classes cujos sistemas são mais ineficazes”, define Vieira. Pessoas que tem o hábito de fumar também fazem parte dos que compõem o maior quadro nos casos de doença respiratória nessa época do ano.
Para tentar amenizar a situação o pneumologista recomenda alguns cuidados. “Sugiro ingerir dois litros de água por dia; tomar banhos frequentes; colocar toalhas com água nos cômodos, bacias com água e inclusive usar umidificadores”, aconselha.
Willian Vieira e Cley Medeiros
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