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| Em Desilusões Perdidas, "Duda Rangel" é um jornalista desempregado e abandonado pela mulher Foto: Divulgação. |
Donos do blog Desilusões Perdidas, os gêmeos que preferem não revelar o nome, usam o pseudônimo “Duda Rangel”, desde 2008, para escrever com humor sobre a profissão de jornalista.
Formados pela Universidade Metodista de São Paulo, em São Bernardo do Campo, os irmãos já foram repórteres e trabalharam na edição do jornal O Estado de S. Paulo. Hoje, além do blog, eles são roteiristas do programa Sensacionalista, do Multishow, escrevem colunas e textos literários e, ainda, prestam serviço de comunicação para uma multinacional alemã e para uma consultoria de gestão de crises e reputação.
A ideia inicial do blog, segundo os irmãos, era falar sobre o lado humano do jornalista. “A gente não queria apenas ser críticos da imprensa. Acho que conseguimos alcançar esta originalidade”, afirmam. Para eles, a essência do blog é mostrar o lado real e apaixonante da profissão, contudo, sem interferir na escolha de cursar ou não Comunicação Social dos internautas.
Para o futuro, os irmãos prometem lançar um livro do blog. A ideia que não é nova, segundo eles, "finalmente será levada a sério". Mesmo sem prazo, os gêmeos pretendem publicá-lo em breve, e só então, a dupla deixará de ser anônima.
ABJnotícias - O que fez os irmãos escolherem o jornalismo?
Duda Rangel - O gosto pela escrita, por contar histórias. E isso permanece até hoje, seja em trabalhos jornalísticos, literários ou como roteiristas.
ABJnotícias - Por que “Duda Rangel”?
Duda Rangel - A gente queria escrever ficção e, por isso, teve a necessidade de criar um personagem. Não existe uma história para a escolha do nome Duda Rangel. Acho que combinou com o perfil de anti-herói do personagem.
Duda Rangel - A gente queria escrever ficção e, por isso, teve a necessidade de criar um personagem. Não existe uma história para a escolha do nome Duda Rangel. Acho que combinou com o perfil de anti-herói do personagem.
ABJnotícias - Vocês escrevem só para jornalistas?
Duda Rangel - O blog Desilusões Perdidas, especificamente, tem como público-alvo os jornalistas, embora muitos não-jornalistas também sejam leitores. Em outros trabalhos, escrevemos para outros públicos.
ABJnotícias - Uma das últimas postagens foi “teste sua relação com o jornalismo”. Como vocês classificam as suas com a profissão?
Duda Rangel - Nossa relação já foi muito intensa (trabalhamos por muitos anos em redação de jornal diário). Hoje, não é tão mais forte assim, mas é uma relação importante. Por mais que tenhamos criado outros caminhos profissionais, o jornalismo nos acompanha, direta ou indiretamente.
ABJnotícias - De todos os posts, teve algum baseado em experiência pessoal?
Duda Rangel - Vários posts são baseados em nossa experiência. Aliás, todo o blog, embora ficcional, tem como inspiração a nossa vivência, a de amigos jornalistas ou histórias reais que ouvimos.
ABJnotícias - Se vocês tivessem um super poder, qual seria?
Duda Rangel - Adoramos ser humanos. Não precisamos de super poder.
ABJnotícias - Com qual profissão vocês comparariam o jornalismo?
Duda Rangel - Em um post recente, relacionamos várias coisas em comum entre o jornalismo e outras profissões. Todo mundo tem um quê de jornalista ou o jornalista tem um quê de todo mundo. A relação mais engraçada é com a prostituta, que diz que um dia ainda larga essa vida sofrida, mas não larga.
ABJnotícias - O que um jornalista precisa ter pra ser um bom jornalista?
Duda Rangel - Essencialmente, tesão pela profissão, vontade de sair pra rua, buscar histórias, não se acomodar. Mas muitas outras coisas são importantes: questionar, duvidar, não ter vergonha de não saber, ser ético, etc.
ABJnotícias - Quais suas fantasias ainda não realizadas como jornalistas?
Duda Rangel - Apresentar o Jornal Nacional com a Patrícia Poeta numa ilha deserta. (Brincadeira). Não temos fantasias com o jornalismo. Aliás, acho que o grande barato da profissão (e isso pregamos muito no blog) é ter muito senso de realidade.
ABJnotícias - Muitos jornalistas sonham em salvar o mundo com suas matérias. Com qual vocês tentariam fazer isso?
Duda Rangel - O jornalista não salva o mundo, como ninguém salva o mundo. Mas podemos mudar a realidade ao nosso redor, o nosso microcosmo. E isso, já é fantástico. Se você faz uma matéria que denuncia um vereador picareta e consegue tirá-lo de seu posto, não mudou o mundo, mas contribuiu bastante pela evolução da sua cidade. Enquanto o jornalista quiser apenas pensar no impossível, esquece as coisas menores, mais urgentes, essenciais.
Duda Rangel - Nossa relação já foi muito intensa (trabalhamos por muitos anos em redação de jornal diário). Hoje, não é tão mais forte assim, mas é uma relação importante. Por mais que tenhamos criado outros caminhos profissionais, o jornalismo nos acompanha, direta ou indiretamente.
ABJnotícias - De todos os posts, teve algum baseado em experiência pessoal?
Duda Rangel - Vários posts são baseados em nossa experiência. Aliás, todo o blog, embora ficcional, tem como inspiração a nossa vivência, a de amigos jornalistas ou histórias reais que ouvimos.
ABJnotícias - Se vocês tivessem um super poder, qual seria?
Duda Rangel - Adoramos ser humanos. Não precisamos de super poder.
ABJnotícias - Com qual profissão vocês comparariam o jornalismo?
Duda Rangel - Em um post recente, relacionamos várias coisas em comum entre o jornalismo e outras profissões. Todo mundo tem um quê de jornalista ou o jornalista tem um quê de todo mundo. A relação mais engraçada é com a prostituta, que diz que um dia ainda larga essa vida sofrida, mas não larga.
ABJnotícias - O que um jornalista precisa ter pra ser um bom jornalista?
Duda Rangel - Essencialmente, tesão pela profissão, vontade de sair pra rua, buscar histórias, não se acomodar. Mas muitas outras coisas são importantes: questionar, duvidar, não ter vergonha de não saber, ser ético, etc.
ABJnotícias - Quais suas fantasias ainda não realizadas como jornalistas?
Duda Rangel - Apresentar o Jornal Nacional com a Patrícia Poeta numa ilha deserta. (Brincadeira). Não temos fantasias com o jornalismo. Aliás, acho que o grande barato da profissão (e isso pregamos muito no blog) é ter muito senso de realidade.
ABJnotícias - Muitos jornalistas sonham em salvar o mundo com suas matérias. Com qual vocês tentariam fazer isso?
Duda Rangel - O jornalista não salva o mundo, como ninguém salva o mundo. Mas podemos mudar a realidade ao nosso redor, o nosso microcosmo. E isso, já é fantástico. Se você faz uma matéria que denuncia um vereador picareta e consegue tirá-lo de seu posto, não mudou o mundo, mas contribuiu bastante pela evolução da sua cidade. Enquanto o jornalista quiser apenas pensar no impossível, esquece as coisas menores, mais urgentes, essenciais.
ABJnotícias - O período de vocês como foca, foi mais paixão ou mais drama?
Duda Rangel - Foi o de maior aprendizado, sem dúvida. Ralamos, sofremos, mas foi a nossa melhor escola. E quando se é foca a gente não tem medo de nada, não se importa com nada.
ABJnotícias - Para vocês, jornalismo é opção ou prioridade?
Duda Rangel - Jornalismo é uma profissão desgastante, mas muito gostosa de viver. E foi a nossa escolha.
ABJnotícias - Recentemente tivemos a comemoração dos 48 anos do Golpe de 64. Você acredita que a ditadura e a censura que culminaram naquele ano, acabaram, ou a imprensa continua sendo vítima deles?
Duda Rangel - Só o jornalista que trabalhou naquele ambiente de repressão pode dizer o quão difícil era. É claro que, com o fim da ditadura, muita coisa melhorou. Isso é uma conquista. Hoje, o jornalista enfrenta outras ditaduras: a dos interesses do patrão, dos anunciantes, a ditadura da preguiça dos próprios jornalistas. A liberdade e a democracia deixaram também muitos jornalistas acomodados.
Duda Rangel - Foi o de maior aprendizado, sem dúvida. Ralamos, sofremos, mas foi a nossa melhor escola. E quando se é foca a gente não tem medo de nada, não se importa com nada.
ABJnotícias - Para vocês, jornalismo é opção ou prioridade?
Duda Rangel - Jornalismo é uma profissão desgastante, mas muito gostosa de viver. E foi a nossa escolha.
ABJnotícias - Recentemente tivemos a comemoração dos 48 anos do Golpe de 64. Você acredita que a ditadura e a censura que culminaram naquele ano, acabaram, ou a imprensa continua sendo vítima deles?
Duda Rangel - Só o jornalista que trabalhou naquele ambiente de repressão pode dizer o quão difícil era. É claro que, com o fim da ditadura, muita coisa melhorou. Isso é uma conquista. Hoje, o jornalista enfrenta outras ditaduras: a dos interesses do patrão, dos anunciantes, a ditadura da preguiça dos próprios jornalistas. A liberdade e a democracia deixaram também muitos jornalistas acomodados.
ABJnotícias - Vocês brincam muito em seus posts com o salário do jornalista e o tempo de trabalho. Isso já foi um grande problema na vida jornalística de vocês?
Duda Rangel - Sem dúvida. E ainda é na vida de muita gente. Faz parte da profissão.
Duda Rangel - Sem dúvida. E ainda é na vida de muita gente. Faz parte da profissão.


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