Por Karine Dias
A morte da ex-primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, fez o mundo reavaliar a sua participação na economia mundial. Depois de mais de duas décadas afastada do governo do Reino Unido, os ideais da “Dama de Ferro” ainda exercem influência nos países em que o neoliberalismo foi implantando.
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"Se quiser que um político diga algo, chame um homem. Se quiser que faça, chame uma mulher", afirmava Margare Thatcher |
Margaret foi a única mulher a ocupar o cargo de chefe de governo do Reino Unido. Nos 11 anos em que esteve no poder, privatizou empresas, diminuiu impostos, inibiu a participação do Estado e afrontou sindicalistas. Personagem importante na Guerra da Malvinas e na Guerra Fria, idealizadora do neoliberalismo e opositora do comunismo, a Dama de Ferro governou com pulso firme e não cedeu ao clamor da oposição. Mas, em 1990 se viu obrigada a renunciar depois que perdeu apoio do próprio partido.
As atitudes de Thatcher prejudicaram muitos trabalhadores, segundo o economista Fernando Nogueira: “Não aplaudo o governo dela, mas reconheço que o modelo idealizado por ela teve grande importância.” Além disso, explica que os papéis do neoliberalismo desenvolvidos aqui no Brasil e na Europa tiveram uma influência clara, mas completamente diferentes.
Para o economista Marcus Oliveira, o ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso foi o que mais incorporou o “thatcherismo” no seu governo, privatizando empresas estatais em escala exorbitante. “O modelo do neoliberalismo foi copiado em toda a América Latina, mas aqui no Brasil e na Argentina o desmonte do Estado foi quase absoluto”, aponta Oliveira.
No Brasil, os ex-presidentes da república Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso implantaram claramente o modelo do neoliberalismo no País. Já os petistas Lula e Dilma confrontaram abertamente esses ideais, porém o atual governo reformou o modo de privatizar, aumentando as concessões às empresas privadas.
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