“Ser mãe é transbordar amor”, diz mãe que sofria de endometriose

Por Mayra Silva

Adnan Verônica Machado já estava casada há sete anos quando descobriu que sofria de endometriose, doença crônica em que a mulher possui acúmulo de sangue menstrual na cavidade do abdômen. Essa doença é a principal causa de infertilidade no sexo feminino. Estima-se que cerca de 7 a 10 milhões de mulheres sofrem de endometriose no Brasil.
Mulher que sofria de endometriose agora é mãe de dois filhos.
Foto: Tania Camargo.


Devido a esse fator, os médicos diziam que Adnan teria muita dificuldade em engravidar sem que antes passasse por algum tratamento. Desconsolada, Adnan ingressou na faculdade para preencher o vazio que sentia por não poder ter filhos. “O tratamento era algo que considerávamos a longo prazo e eu não tinha condições de fazê-lo na época”, comenta. Mas quando Adnan estava exatamente na metade do seu curso, ela descobriu que estava grávida. “Ser mãe, sem tratamento, foi uma benção divina, o melhor presente que eu poderia ganhar”, comemora.

Ao descobrir a gravidez, Adnan também teve a notícia de que o sangue dela era incompatível com o do seu esposo. Por esse motivo, Adnan corria o risco de perder o feto. Com isso, a mãe de primeira viagem teve de ficar de repouso por algum tempo, o que a impediu de continuar indo à faculdade. “Tranquei o curso pela metade, mas valeu muito a pena, porque logo veio ao mundo minha princesa Aysla”, recorda.

Quando sua filha completou dois anos, a nova mãe resolveu voltar para a faculdade e terminar o curso que ela havia deixado pela metade. E, aos seis meses de retorno, veio outra notícia inesperada. Adnan estava grávida novamente. “Aí vieram as vacinas por conta da incompatibilidade sanguínea, mais repouso e, mais uma vez, tive de trancar o curso”, conta. A mulher que segundo os médicos teria muita dificuldade em engravidar, agora esperava por um menino, o Cauan. “Mesmo tendo que trancar o curso e passar por todo cuidado novamente, eu estava feliz, pois Deus confiava a mim mais um ser especial”, explica Adnan.

Hoje, Adnan está terminando o curso de direito. Ela só precisa concluir duas matérias do 5° ano para se formar. “Agora eu tenho a vida mais completa que sempre sonhei”, vibra. A mãe ainda afirma que o processo de gravidez, mesmo com a dificuldade que enfrentou, foi a melhor coisa que aconteceu em sua vida. "Deus me concedeu o privilégio de ter comigo dois seres fantásticos que são tudo pra mim. A cada dia que eu acordo e vejo meus filhos, mse sinto o ser mais abençoado que existe", conclui. Hoje, Aysla tem cinco anos, e o filho mais novo, Cauan, tem dois anos. Adnan teve os dois filhos sem a necessidade do tratamento que os médicos a haviam recomendado. 
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