Estudantes do Centro
Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus de Engenheiro Coelho, denunciaram
possível contaminação com a água dos bebedouros, além de manutenções mal feitas
e adulteração dos selos de qualidade e validade, purificação e troca de água.
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| Bebedouros devem ser limpados regularmente. Foto: Creative Commons. |
Os problemas que uma
água impura, ou um bebedouro sem manutenção correta podem causar são inúmeros.
Para o biólogo Felipe Romera, o Brasil possui muitas incidências de casos como
este. Mais de 3 milhões de famílias
não recebem água tratada de maneira
ideal. Estima-se que o acesso à água limpa e ao esgoto reduziria em pelo
menos um quinto a mortalidade infantil. “As doenças são diversas, posso citar
algumas delas: diarréia
infecciosa, cólera, leptospirose,
hepatite, esquistossomose”, advertiu Romera.
A bióloga Aliny Lyka lembra que a prevenção pode evitar doenças. “É importante filtrar e ferver a água, lavar alimentos crus como verduras com água purificada e tratar a
água eliminando micróbios e impurezas nocivas à saúde humana”, orientou a
bióloga.
O que chama a atenção é
a falta de conscientização da população em geral. “Em alguns bebedouros mais baixos já vi gente
até urinar. Um ato de vandalismo que é uma pena em nossa universidade”,
denunciou o estudante de engenharia do Unasp Marcos Bueno.
O outro caso foi o flagra
de um funcionário da manutenção do próprio Unasp apagando o selo de validade de
um bebedouro, visto por uma estudante de jornalismo que não quis se
identificar. “Me causou repulsa saber que posso estar bebendo uma água que há
anos pode não estar sendo cuidada”, disse.
“Os bebedouros dos
residenciais e de áreas internas são frequentemente limpados”, alega a chefe de
limpeza Maria Ferreira. Um dos trabalhadores da manutenção do Centro
Universitário que também não quis se identificar, disse que os próprios
fornecedores dos bebedouros fornecem a troca do filtro, porque é interesse
deles vender o produto.
O funcionário mostrou
que os bebedouros da área externa nem mesmo possuem filtros, pois sua água já é
tratada. Afirmou também que não conhece ninguém que faz a limpeza desses mesmos
bebedouros externos e que isso é um assunto a ser tratado com a direção do
campus.
Por Vinícius Serain
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