Em 2013 o Exame
Nacional de Ensino Médio (Enem) será antecipado. A prova acontecerá nos
próximos dias 26 e 27 de outubro em mais de 1.600 cidades do País. Segundo o Ministério
da Educação, o motivo é o aumento no número de inscrições e o pouco tempo para
correção das redações.
O local da avaliação já
está disponível para consulta no site
do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Os mais de
sete milhões de inscritos deverão chegar com antecedência de uma hora no dia da
prova, portando documento de identificação com foto e caneta transparente de
tinta preta.
No último exame, muitos
alunos reclamaram da falta de organização e do descaso com a correção das
provas. Redações que seguiram o tema proposto receberam notas baixas enquanto
as avaliações que continham letras de hino de futebol, receita de macarrão e
erros de português receberam notas acima da média.
O estudante Edmilson
Ribeiro realizou o Enem em 2012. Para ele o motivo da correção ser falha é a
quantidade de inscritos. “Eu acredito que os critérios utilizados para a
correção não são justos. São muitas pessoas que corrigem as provas e cada uma
tem uma visão. O aluno depende do avaliador para ter êxito ou não”, avalia o
estudante.
Apesar das divergências
do exame, a prova é importante para alunos que pretendem obter uma graduação. A
estudante Dayane Fagundes foi contemplada com o Prouni, programa do governo que
beneficia jovens de baixa renda a ingressar em instituições de ensino superior particulares.
“O exame foi fundamental para mim. Se eu não conseguisse essa bolsa, não teria
condições de estar em uma instituição privada”, relata.
A próxima meta do
governo é a padronização dos vestibulares do País. A proposta é utilizar apenas
as notas obtidas no Enem. Para o próximo vestibular, as 59 universidades
federais já utilizarão esse critério de avaliação.
Segundo Dayane, essa
padronização poderia prejudicar os métodos de avaliação das principais
universidades que utilizam um processo rígido de seleção. “O Enem é falho e não
pode competir com o rigor dos vestibulares mais tradicionais do País. Falta
muito para que essa prova possa ser a base do ensino do estudante brasileiro”, argumenta.
O Ministério da Educação
afirmou que neste ano a correção das redações utilizará critérios mais
rigorosos.
Por Karine Dias
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