Moradores da Chácara
Primavera, próximo ao bairro Cidade Universitária, estão ilhados desde a manhã
desta quarta-feira (06). Uma vala de escoamento (feita durante uma obra de
asfaltamento na semana passada) provocou alagamento e deixou os residentes
presos no conjunto de casas conhecido como "amarelinhas". Para sair,
os inquilinos precisam passar por trás das moradias de seus vizinhos.
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As ruas se transformaram em rios e os moradores estão ilhados. Foto: Rafael Acosta. |
Nem a construtora nem os
responsáveis pelos imóveis deram previsão de quando retomarão os trabalhos e
não foi liberado nenhum acesso para os moradores. Mesmo sem galeria de águas
pluviais no local (necessária para o escoamento da água da chuva) o projeto
prevê asfalto e a permanência da vala.
Ilhado,
o estudante de engenharia Hercules Parteli, contou que ele e
outros moradores foram atrás de uma solução com os responsáveis pelos imóveis,
mas o problema não foi resolvido. "A obra tem um degrau, mas
não fizeram um acesso [para as casas], então quando chove a rua inteira vira um
rio. Estamos nesta situação desde hoje de manhã. Procuramos saber os
detalhes de como ficaria a rua e eles [locatários] tentaram recorrer a
alguém, mas ninguém ajudou até o momento", contou Parteli.
O
responsável pela locação de algumas das casas amarelinhas, Daniel
Reis, disse que não sabe quem autorizou a obra. Segundo ele, o erro
que provocou o alagamento foi da empresa responsável, pois essa deveria
ter se organizado melhor para realizar a obra em um período menor.
Reis, que,
casualmente, trabalha na prefeitura, disse que entrou em contato com Ricardo
Soares, responsável pelo departamento de obras. Segundo ele, Soares disse que a
prefeitura só ficou sabendo do problema agora e amanhã enviará um
trator para aliviar o caso.
De acordo
com encarregado da Associação de Proprietários da Chácara
Primavera, Marcos Antônio Gerolin, trata-se de uma obra
particular da entidade. Ele informou que a associação entrará em contato com a
construtora Arquiteta para que essa ajude a tirar a água e
cancele as obras até que a chuva passe.
Por Rafael Acosta e Katherine Changanaqui
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